Observadores eleitorais da UE em São Tomé e Príncipe

10 observadores de longo prazo da União Europeia foram distribuídos por São Tomé e Príncipe há uma semana. Os observadores tiveram reuniões com diferentes interlocutores e estão a observar a campanha eleitoral. Mas, o seu trabalho está apenas a começar: os observadores terão mais 10 dias para se reunir com candidatos, listas, autoridades eleitorais, representantes da sociedade civil e com os eleitores são-tomenses. O objetivo é conhecer e entender a área e distrito onde estão a desenvolver a sua observação, assim como em todo o São Tomé e Príncipe.

Um elemento essencial da metodologia de observação eleitoral da UE é a sua cobertura abrangente e de longo prazo do processo eleitoral em todo o país. É por isso que os 10 observadores de longo prazo da UE estão em São Tomé e Príncipe desde 7 de setembro e permanecerão no terreno até ao princípio de outubro. A sua observação, análise e relatórios são cruciais para a avaliação da Missão de Observação Eleitoral da UE.

Os observadores de longo prazo da UE trabalham em equipas de duas pessoas, e são provenientes de diferentes Estados-Membros da UE. Esses dois critérios são importantes para assegurar a credibilidade e a fiabilidade das suas observações e garantir uma análise equilibrada. Quatro equipas observam nos distritos de Àgua Grande, Mé-Zóchi, Lemba, Lobata, Cantagalo e Caué, enquanto uma equipa está presente na Região Autónoma do Príncipe.

Os observadores de longo prazo centram a sua análise no contexto político regional e no papel dos partidos, listas e candidatos nos distritos, tópicos que a equipa central em São Tomé segue a nível nacional.

Observam também o desempenho da administração eleitoral distrital na preparação e implementação das eleições. Inquirem sobre o recenseamento eleitoral, e avaliam o nível de confiança do público na qualidade e precisão do recenseamento eleitoral e no registo de candidaturas. Eles também observam comícios e atividades de campanha.

Os observadores relatam à equipa central, baseada na capital, se as liberdades de expressão, reunião e movimento durante a campanha são respeitadas. Eles analisam o papel dos meios de comunicação social locais e a sua cobertura do processo eleitoral. Eles avaliam a participação política de mulheres, minorias, pessoas com deficiência, jovens e outros grupos. Interlocutores importantes para os observadores de longo prazo são os representantes da sociedade civil.

Além disso, os observadores de longo prazo da UE em São Tomé e Príncipe têm outra tarefa importante: preparar e gerir a distribuição de 18 observadores de curto prazo, que juntar-se-ão a eles no dia 23 de setembro, em todos os distritos. Eles irão recebê-los no distrito e informá-los sobre as especificidades das diferentes áreas.

O objetivo deste reforço de observadores é ampliar a presença da Missão no dia eleitoral e observar um maior número de assembleias de voto. É, também por isso que, na véspera das eleições, uma Delegação de Membros da Parlamento Europeu e algumas equipas de observadores de curto prazo recrutados localmente - diplomatas da Delegação da UE e das embaixadas dos Estados-Membros da UE na região - também juntar-se-ão à MOE UE.

No dia de eleições, 25 de setembro, a Missão de Observação Eleitoral da UE em São Tomé e Príncipe será composta por mais de 45 observadores.

O dia eleitoral é o mais intenso para os observadores, mas a sua observação não termina aí. Eles continuam o seu trabalho no terreno com a observação do apuramento e a publicação dos resultados eleitorais. Eles observam o ambiente político durante o período pós-eleitoral, incluindo possíveis reclamações e recursos.