UE incentiva a participação de Angola em programas académicos internacionais

O Programa de Mobilidade Académica Intra-África promove os intercâmbios entre universidades africanas, enquanto o programa Erasmus + fomenta a cooperação entre universidades europeias e de países parceiros.
Estas oportunidades de parcerias institucionais e de bolsas para estudos e formações ainda são pouco aproveitadas pelos Angolanos, como relembrou o formador, Philippe Ruffio: "Até agora, apenas cinco universidades angolanas têm convênio com universidades europeias. Quanto mais acordos de parcerias existirem entre as instituições, mais oportunidades para vocês". Por esta razão, incentivou os estudantes a "pressionarem" as suas universidades para aderirem aos programas, para que através deles, os estudantes e pessoal académico e administrativo possam concorrer às bolsas.
Este programa pode mudar a vossa vida
De facto, existe um exemplo notável em que Angola participa; a Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto coordena o projecto Pax Lusófona lançado no âmbito do programa Intra-África, que promove a mobilidade universitária entre Angola, e outros países africanos lusófonos na área jurídica. "Este programa pode mudar a vossa vida !", disse o Dr. Evaristo Solano, Vice-Decano para os assuntos científicos na UAN, apoiando os estudantes a abraçarem o desafio de estudarem no estrangeiro. O programa constitui um exemplo de colaboração activa entre países africanos e entre Europa e África. A África anglófona é nitidamente mais representada que as demais áreas do continente que têm muito a ganhar a incrementarem a sua participação nesta rede académica. Os Angolanos, nomeadamente, não devem hesitar em agarrar as oportunidades de potencializar-se através das bolsas disponíveis.
Uma vantagem recíproca para os países participantes
Os programas de mobilidade académica representam uma mais-valia em termos de financiamento e de abertura cultural, com uma constante preocupação de preservar os interesses dos países parceiros da União Europeia, como Angola. No caso do programa Erasmus +, os intercâmbios de curta duração permitem que os bolseiros ganhem uma experiência internacional, sem provocar no entanto uma fuga de pessoas qualificadas, pois têm de regressar à sua instituição para continuar o curso. Desta forma, o enriquecimento pessoal dos candidatos é também um investimento para o futuro do país de origem. Isabel, estudante de nutrição da Universidade Católica, está motivada em apostar: "Eu queria muito estudar num país da União Europeia, mas pretendo exercer a minha profissão em Angola. Aqui temos muitos problemas de saúde ligados à má nutrição e à fome, e quero contribuir a melhorar a vida das pessoas".
Apresentações da Jornada de informação disponíveis aqui:
Sobre os programas
O reforço do ensino superior constitui uma das prioridades de cooperação da União Europeia que apoia a mobilidade universitária para desenvolver o potencial profissional, social e intercultural das pessoas e aumentar a sua empregabilidade.
O Programa de Mobilidade Académica Intra-África visa criar uma rede de ensino dentro do continente africano. Concede bolsas aos estudantes, pessoal académico e administrativo para a realização de mestrados, doutoramentos, investigações ou ensino noutros países africanos.
Website (En): https://eacea.ec.europa.eu/intra-africa_en
Documentação:
O Erasmus + tem como enfoque os intercâmbios entre as universidades da União Europeia e de países parceiros. O programa Erasmus + apoia os estudos dos alunos, do pessoal académico e administrativo na Europa. Por outro lado, oferece oportunidades de financiamento às instituições de ensino superior para cooperarem com universidades europeias, especificamente no reforço de capacidades.
Website: https://ec.europa.eu/programmes/erasmus-plus/node_pt
Documentação: